terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Momento




Apenas sabe-se que não há vida atrás do opaco ardor dos seus olhos

Profundo e gotejante negro, que avassala em uma espiral

Sereno e sincero olhar interior, calmaria da alma

Os dedos retalham as cordas, e elas soam raivosamente ecoando dentre as ondas do seus cabelos e barbas dourado palha.

Suas feridas estão expostas, seu ardor está vibrante,
suas chagas são cartazes, seus sentimentos estão a venda
mas o preço não atrai ninguém
e a arma apontada para sua cabeça não ajuda

Entre os lados possíveis, as pernas bambas e fracas
entorpecidas pelo som, tentam fraquejantes sustentar a caixa esquelética que circunda seus pulmões inicialmente esfumaçados

Há uma cortina de pelos tampando o rosto e uma estranha camada de despreocupação alheia vestida na pele, incrustadas nas rugas que já morreram na sua destemida face risonha. já se foi.

O pano que recobre seus ombros são tão falhos e imundos quanto o topo de sua presença. estão rasgados, velhos, parcialmente inutilizáveis e provavelmente com mal cheiro, mas o desvio é um grande favor na alienação dos sentimentos, e não importa o que saia dos seus pés e dobras, há sempre uma rota alternativa para um conforto inocente.

Sua ferramenta esta longe de causar alguma intimidação
ela atrai e repulsa tudo que poderia se imaginar da soma do ser e da coisa.
ela é uma via, aonde os fatos passam do inconsciente dormitório ao passeio de manhã num jardim de outono, ainda que com sua camisa de força e suas coleiras cheias de peso metálico.

Ainda que impreciso seus apêndices sobre a condução de uma expressão, existe um verdadeiro e profundo sentimento sendo gritado ali, de dentro pra fora, e há poucas coisas que possam captar e vibrar ainda que dissonantes, em resposta a vontade de dizer algo.

A perícia é minimamente requisitada, desde que ainda seja de forma real.

Não se trata de alguem...

E ainda que totalmente deturpado o sinal, a frequência e forma única, simples e sofisticada com que esses ventos ganham direção, eles ainda estão soprando, e assoviando em cada curva

Deixando para trás cada momento morto
e matando um novo presente.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Grow up



The age is shipping to normality of human's life, and then, the death for conclude.

Maroon Ghost





There is nowhere to escape.
Tomorrow you and I will be us again, and when we are not, we'll be you and me. on each alone side, being truly ourselves only when we don't need be for someone.

There is no importance ...
And nobody can see.
No one needs to see 'cause everyone are the same shit,
the same maroon ghost.

Be forgotten, forget

and not caring.
This is just a passing and the end always comes with a reliever smile.


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cover


Sneezy, sneezy, sneezy boy...
You must  forget them
and play with a toy.

Pretty, pretty, so pretty deploy...
You've got the key
let turn on, on the door.

Creep, creep, creep in the fall...
Your mind is ripped
there is no one to call.

Wooooooooooow.

Build, build, building the wall...
Smash and crush 
and hit them all.

Question and ask and question again...
Mend with your skin
all to cover your pain.

Okie dokie, smelly doo...
Eating my nose
and walk like a fool.


I wish for all a slow and painful death, more than is happening to me and less than is happening for them...
...In a coffin on the open sky


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Bem-vindo meu filho



Olá...
Diga olá aos contornos do dia
cerre seus olhos com a força de mil elefantes
estenda sua mão fraquejante, aquém de si mesmo
e se embebede do liquido visceral, matinal, que cobre as horas

Diga bom dia aos pássaros que não voam por você
cerre seus punhos sem obstinações e pretensões
guarde dentro do seu estomago as emoções
e consuma todo o ódio da ultima noite.

Diga olá para seus bons companheiros
aperte sua gravata, pigarreie, estique seus ossos
minimize sua pupila, esvazie a mente e abra a janela
ilumine artificialmente, do alto de seus números, seu rosto inchado

Diga seu nome, diga seu registro, insira seu código
bip bip
são os códigos
enfileirados em barras
bip bip
são os números chamando na sua cabeça

Não diga boa noite, não há carência
Não diga adeus, não é preciso
Não se contradiga
Amasse a bula, coma a cartela
tome toda sua abstinência num gole

esqueça que você viveu
a essência se perdeu
e você morreu há anos
quando decidiu deixar
de viver.
você não precisa
mais ser você
só deixe ser
o que é
impreciso.
estamos
todos mortos
e caminhando
em amontoados
de pseudo-emoções
pseudo-consciência
agarrados em bóias furadas
no rio da morte
encharcados de verdade.

Já se foi.
Diga bom dia,
Seja bem vindo novamente.

sábado, 3 de novembro de 2012

Sarcástico Senhor Sabe-tudo



Alaranjado horizonte
cortante vento na face

A fumaça que envolta no seu rosto te tira a visão do por do sol no vale a esquerda
somado aos óculos que vieram de troco. vagabundos.

O gosto azedo do resto de vinho barato que fica na boca, da noite passada
os dados batendo contra o vidro

A dificuldade de focar sua mente
na compreensão estendida do que é viver

As cordas soltas, soando como num folclore
te dançando mesmo que seus braços estáticos estejam grudados às rédeas

não deveria haver pretensões
esperanças e indagações
só a paz na longitude solitária.
Um sol morno que te esquenta contra um vento frio e árido

O deslizante som confuso, se emaranhando com timbres
fluindo como gotas coloridas do tímpano para as veias
soprando como nuvens escoando para o seu cérebro.

Você reserva o controle total a uma só personalidade
mas ao invés disso, são todas as diferentes formas de viver
que assumem o volante, e te guiam sem rumo ao fim da estrada.

Você tenta caminhar no vento com seus dedos
mas ele só passa por você, ignorando sua resistência
você não sabe mais aonde deve abriga-los.

Não há mais nada palpável
e isso talvez faça com que qualquer coisa
seja um objeto do qual você possa pertencer
e indiferente de seu real valor,
desde que ele esteja por um tempo com você
e permita que você seja nele.

pó, pedra e madeira
divididos com os pássaros.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Além do Limite




mantenho associações sociais e convívio remoto por pura psicose e masoquismo.
as vezes acho que o ruim seria melhor mesmo. aceitar que as coisas nunca vão ser como eu quero
que as pessoas nunca vão me corresponder como perfeitos robôs incrivelmente alinhados a uma linha de produção efetiva. e que a loucura e a ignorância seria a fonte de anestesia mais eficiente do mundo.

essa imensurável vontade de abrir a única porta solitária no meio do deserto.
e se ver diante de um espelho cru, cruel, impiedoso e real, apesar dos pesares
tão qual a Própria porta.
vontade essa de correr de encontro com o lado de fora, abraçar o próprio corpo como
se fosse o único ponto fixo pra se olhar.
mas o passo adiante não me revela nada
mais um passo adiante e o espelho me joga pro lado irreal de volta
e eu me dobro pra ver minha face de volta.

o relógio que me prende no adverso mundo de fantasias
o calendário que me prega na rotina
e todo o pequeno e sempre sugestivo dinheiro
que me faz não ser. que tenta me dominar.
cada edificação que torna o deserto menos habitável
cada pessoa como um pequeno alfinete atravessando o espelho
destruindo pequenas porções de sua superfície.

tudo isso
e nada disso
vai mudar o padrão impróprio de auto-mutação.
vou continuar coexistindo com a vida
sendo subjugado por meus pensamentos,
condenado pelos meus olhos.
mergulhado nos meus ossos
sendo errado sempre por opção
e não Sendo por coincidência

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Anesthesia





I pray every night for madness
by comfort in pain
by indifference in absence
and in the rationale of things

by madness

every night
I cry for fear it

anesthesia

There is no fear in madness.
there are only feelings misinterpreted
caged on a gray brain,
without any key.
sucking all life with your black hole eyes.

no fear, no pain and no distance between now and nevermore.

but, there is an action.
a distraction within a blink of an eye

where two points on a same sheet that folds, meet.
and here comes the boom end!

Soothing, calm and quiet.

domingo, 30 de setembro de 2012

Arguir





A culpa está na minha mente, mesmo quando ela realmente não quer estar 
e nem a mente quer aloja-la, mas a mente precisa de um lugar para acomodar a culpa. 
Ela precisa de uma moradia e há sempre um espaço vago quando se há questões a responder... a perguntar. No fundo eu quero achar que é uma culpa que não existe, mas sei que não é a culpa que se apropria disso. Não há, não há culpado além de mim mesmo, mesmo eu querendo, mesmo eu não querendo. 
Mesmo que eu saiba que não há culpa 
apenas espaços vazios procurando serem preenchidos pra alma não perceber a grande falta que um dia eu devo ter adquirido na minha pequena jornada ridícula de macaco andante. 

Foi o que um passarinho me contou.

domingo, 16 de setembro de 2012

A Monkey Monk



You look like a little Monk,
Your Teeth just hide your Tongue
So com'on here pretty boy
Put you brain on dirty floor
and dance with my single song.

You look like a smelly monkey
Your legs are dancing funk.
So, pick ink and do tattoo
lock your ear, it's fun for you
and dance it, you freak funny

domingo, 9 de setembro de 2012

Smoke

"Corre o que correr Custe o que custar"
As cordas soando
chacoalhar a cabeça.
Desambiguar.
Lembrar o que há de possível
e esquecer tudo
Drenar o psciológico do que te faz
querer não dançar

Questionar
sempre
até a dor.

Deixar de sobreviver e
engajar num mundo paralelo

Artificar...
 ...pra tornar menos
pior
Evaporar

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Estranho em casa



Não há um começo em definitivo.
você vai se lembrar de fragmentos...
de flashes escurecidos de seu eterno baú empoeirado
mas não vai saber tomar em suas mãos um lápis
para desenhar o que representa o começo.

A loucura... a média...
a margem do qual seu nome vai pertencer
seus olhos e sua imaginação
até aonde sua mente pode cogitar o irreal
todos os limites

Do tamanho de uma semente e não mais.
com os braços dispostos a abraçar todo o mundo.
você deve ter todo o sentimento pra que possa ser crédulo

Deve erguer uma pá
construir uma árvore
e plantar uma casa.

Você tem que acenar para eles,
como se entendesse sua posição.
você tem que sorrir. Tem que acenar!
e ler e ouvir todos os contos fajutos
que vão te cercando.

Não há tanto tempo para encher todo
esse saco com quinquilharias.
você deve se lembrar antes dos trinta

Deve salvar a si mesmo

Encontrar-se arrastado
debruçado na vontade

Aguardado a verdade real
dolorida e fiel aos traços
do trilho construído pelo próprio punho
martelado pela própria alma.

domingo, 26 de agosto de 2012

Aperto Bilateral




Aos meus amigos eu digo:
A vida passa, e quando você nem sente, a dor vai embora.
Aí você já viveu.

Você não vai poder reparar... mas já se foi.
Num final sem ambições e esperanças
nada mais te machuca, nem sua inexistência.

=]

sábado, 18 de agosto de 2012

Poder




Então me diga...
Se você tivesse papel e caneta
em mãos
Como faria Deus ?

Se você tivesse uma borracha
e tivesse consciência.

Você seria o mesmo que foi ?

Você olharia para trás,
para dentro, e além
e seria o mesmo.

Seria um continente de sentimentos mortos ?
Seria a vontade de continuar ?
A necessidade ?
Ou o impulso violento e intermitente ?

Todos são sujeira do mesmo saco de lixo
e a mesma história, chata e ridícula
de não aceitar a encarnação faz 
parte de um só em mim.

Então, no final de tudo,
você já saberia me dizer
como faria ?

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Plano




Realize suas dores
Distraia seu caminho
Abra seus braços e se renda
de frente ao caos,
perante ao máximo de sua existência.

Salve sua vida,
acabe com ela
de qualquer jeito.

Não há nada que você queira que está por vir.
Você já foi
Viu e ouviu do mais brilhante mosaico sinestésico.
Aprendeu tudo o que te amarrotaram na cabeça,
o que te parafusaram nos olhos e te martelaram nos ouvidos.

Agora estão todos se debatendo como peixes dentro do coliseu
e você aí,
com sua coroa de vidro cravada no cranio,
sua flanela encardida entranhada nos olhos.
Todas as agulhas enfiadas até os ossos,
sentado no alto do seu trono de dor e esperança
esperando a vida passar.

Inútil, ordinário e humanamente mundano.
Você nunca vai morrer.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Para Trás



Quando a dor soa mais alto
e sua cabeça está sobre seus pés
é melhor chorar de boca fechada
e tapar os ouvidos com facas cegas
pra criar todo o montante de conteudo
que vai habitar o resto dos pensamentos
daqueles que, por omissão, decidiram ficar.

sábado, 21 de julho de 2012

Aglomerante



É o fim do mundo...
E é estranho pensar que isso tudo aconteceu de uma hora pra outra,
é estranho saber só agora que enquanto eu me emudecia de tanto falar,
enquanto eu ficava inerte de tanto escutar, o mundo la fora ainda era o mesmo.
Falido e fardado.

Sempre à beira do fim.

É estranho ter que voltar nesse assunto e repetir várias vezes tudo o que eu já estou cansado de saber
ter que vivenciar todas as coisas performando um castelo de areia pra proteger da chuva
todos os olhares reais e expressivos.

"Muitos castelos já caíram, e você ta na mira."

Todo mundo sabe o que vem depois do final, mas nega a aceitar, preferem refletir toda
a responsabilidade de saber do futuro pra bolas de cristal e outros reluzentes ouros de tolo,
pra ombros distantes no tempo, ou divinos.
É estranho ter que pensar nisso tudo aqui queimando o rosto com luz artificial,
sentado vendo a merda ser espalhada e descargada sem poder fazer muita coisa, além de querer ir junto.


"O que devemos usar para preencher espaços vazios?
Espaços onde costumávamos falar?
Como devo preencher os últimos lugares?
Como posso completar o muro?"

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Freio...




Novamente, novamente é estranho ter que debulhar assuntos
e lembrar que ultimamente eu ando tão alheio as outras coisas
e pensando tanto em mim que ja estou esquecendo de viver.
     
Ando achando tudo tão sem graça, e as coisas me parecem diferentes
de como eram antes... eu apenas acho e não consigo mudar
posso conviver com isso, esquecer e deixar passar por saber
que é apenas o que é e vai continuar normal.
     
Mas são coisas muitas essas, que sempre se amontoam num sofá bordô despedaçado e desbotado
num canto de uma sala cinza com paredes rachando por todos os quatro únicos cantos,
o pó tomando conta do chão de tábua e a luz fraca, amarelada de 40wats
deixando passar desapercebido os mosquitos e a poeira pouco densa que sobe do chão.

Como um monte de roupas velhas, a vontade é de ficar inerte
e debilitadamente impensante, confortavelmente entorpecido
sem lembrar que existe um mundo totalmente ridículo para se viver lá fora.

Menos ridículo apenas que uma mente que pensa que pode julgar os fatos
e saber que está num local antiquado para suas experiencias.
Que enquadra cada pensamento num local inadequado apenas pra
saciar a sua vontade de estar certo e diferente, e supostamente indiferente.

A vida é longa, e ninguem disse que seria um mar de rosas.
Ninguém disse.

Niguém.

A viagem só não continua pra quem não está no trem,
a viagem não continua pro trilho,
a viagem não continua pro carvão
que fica pra trás
com o ar
que é mais livre
do que as rodas de ferro frio
que tem destino certo.

... Onde está você pra cantar pra mim os ruidos de ninar ?

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Vontade




perdi toda a graça que eu tinha,
eu perdi todo o meu repertório de harmonia,
perdi a vontade de ser diferente,
de querer ser mais do que só gente.


eu não queria eu pro mundo.

domingo, 24 de junho de 2012

Prorizonte Distante



Acho que não fosse por outras ancoras dimensionais
recreativamente me martelando na bigorna em busca da realidade
facilmente eu me esqueceria de mim mesmo
até o ponto de não existir mais dentro de mim.

Uma casca fina de simpatia e compaixão.

Parece que todas as cordas, todas as correntes,
todas as pontas e vertentes que me ligavam ao futuro sólido, rígido e frio
se acalmam discretamente atrás na fila de espera.

Amanhã eu me vou,
e ninguém vai sentir a falta que há de existir só praqueles que ainda se lembram.

domingo, 13 de maio de 2012

Uma nova nota sobre o velho assunto



Notória e primeiramente sempre vem
a vontade de sanar a dor
de curar a dúvida
e de resolver de forma humana
os defeitos humanos que nos assola

mas
mesmo sabendo disso
depois há, ainda,

uma vontade de destruir tudo
e de ficar sentado olhando fixo pro futuro

de quebrar tudo que estiver inteiro
e terminar de vez com o que restou

vontade de explodir tudo.
mas falta combustivel
falta qualquer coisa que anime meu
triste e tedioso corpo
pra destruir qualquer coisa bonita.

vontade de acabar de uma vez só

água, sal e sangue.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Mayfly




I just don't know. Nothing.
I'm completely lost.
I surrender to life.


The only thing that keeps me existing is the insignificant hope 
that something will be better and all is not lost but, only myself.

domingo, 6 de maio de 2012

Apenas uma pequena picada



você consegue sentir
todo esse frio que esta do lado de fora ?
velho e sozinho...

mesmo cansado, doente e desolado
de pé você consegue me mostrar um sorriso fraco
e
sentir ?

você tem forças
você vai contra ?
você sabe aonde está se enfiando ?!

Desprotegido e incomunicavelmente falido
você conseguiria chegar até mim ?

ouvindo apenas rachaduras,
contra o próprio ouvido
apensa ruídos...
você conseguiria chegar ?

você quer mesmo essa fardo ?
você me quer morando no seu coração ?!

se nada é real, como o diferencio da fantasia ?
eu não tenho mais por onde pensar
e meus olhos e músculos são fracos demais para essa tarefa

você quer mesmo me ajudar...
você está disposta a esquecer tudo aquilo que te mandam
e tudo aquilo que te fizeram ?

você
fragilmente despedaçada
perto do pés.
você quer mesmo ?!

não me diga que não há amanhã
não se você realmente quiser.

Ei você além do muro!

sábado, 5 de maio de 2012

Quem se importa ?



Todas as coisas juntas em lugar nenhum.
Todas as coisas dispersas em um só lugar

Além da mente,
até onde o horizonte se estende ?

O de hoje, é apenas a soma de vários outros...
De ontem,
de outros outens.

Sou eu vestido de cinza pro cara-roxa.
Sou eu de roxo vestido pro cara-cinza.

Seria portanto inevitável a descoloração assim repentinamente notada,
e gradativamente amaciada pros nossos olhos ?
É tudo de uma vez só
depois que você resolve olhar pra trás e vê uma cortina degradê
fechando os seus sonhos, excluindo o seus dias e limitando seu sorriso.

Tudo para num guarda sonhos preto e branco
e na próxima poça que você pisar, e ver seus olhos se diluindo em pequenas ondas,
vai te subir a mesma vontade insanamente categórica que te sobe
quando olha pela primeira vez o mundo com teus olhos externos.

Este sou você.

domingo, 29 de abril de 2012

Dicotomia




todos vivendo pacificicamente com seus conflitos internos
travando suas próprias guerras mentais.
morrendo cada dia mais
Nós & Eles

se eu pudesse me livrar de toda essa coisa normal da vida
talvez ela se tornasse mais interessante, mais viva...
mas quem sabe ?!
continuo maquiando e levando pra frente tudo normalmente
sem nada de mais, to tentando ser humano. mais escroto que o normal
fazendo as coisas sórdidas e tudo o mais pra sorrir no fim do dia
pra amar, pra chorar, rir e ser paciente.
e no final de tudo nós somos apenas homens ordinários
Eu, e Você

sob o mesmo céu, sob as mesmas condições...
por que eu vejo as coisas desse lado da cerca ?
questões sobre questões, redundância idiota e infundada.
poço de merda, peça de merda, um conjunto sujo de excremento
eu, você, eles e nós... todos sob a mesma condição suja e imposta de sermos humanos
regrados e normais. seja ou você é enjaulado. não seja você... seja isso
seja aquilo.
todos sob o mesmo céu
Preto ou Azul

numa crescente cascata de mentiras e máscaras, sobre imposições, por baixo de
toda pele humana, que mais parece tapetes-esconderijo de lixo, poeira, e fundamentos.
assim como as curvas da minha boca, assim como as junções dos meus ossos
as cicatrizes e as caretas
Pra cima e Pra baixo

Derrotado e destruído
pela Própria vontade e necessidade de viver aquilo que todo dia passe diante dos seus olhos
e serenamente termina no início desesperado de algum motivo pra gritar a vitalidade!

Com ou sem
você vai continuar perpetuamente sendo a mesma coisa de que correu e teve medo a vida toda
você vai olhar, você vai ver, você vai passar, e não pode impedir nada...
você não pode impedir o nada
Todos Nós Vamos Acabar Como Um Velho Homem
Morto.

"Não há um lado escuro na lua, na realidade ela é toda negra."

domingo, 22 de abril de 2012

Quantum



As vezes não consigo entender
como as pessoas compram ideais
privatizam ideias e monopolizam os fins e meios.

Tudo gira em torno do ponto específico do "eu apenas eu"
e "as coisas funcionam apenas como eu vejo, do meu ponto de vista."
e se você não é das profundezas o suficiente pra conhecer os ancestrais
da suas bençãos divinas, você não é digno de dizer o que pensa,
o que quer, do que gosta, e não tem a liberdade de ser livre pra si mesmo.

Ficam presos aos outros, e a desmistificar, desemaranhar
o quão significante querem ser para o próximo.
Prendem e limitam sua mente ao padrão agradável, mesmo que não seja
no modismo ou na tendencia atual das massas...
O "Instinto" de agradar os outros pra receber uma aprovação
ou uma aceitação qualquer acaba passando os limites do real e do concreto querer.
Mesmo partindo do princípio que a satisfação provem de satisfazer outros, ou receber um
certo tipo de aprovação ao faze-lo, é uma coisa meio estranha de se pensar,
afinal você seria você ou fragmentos dos outros ?!

é Você ou são Eles ?

terça-feira, 17 de abril de 2012

Anormal



É estranhamente proporcional a todos, o quanto uma pessoa pode se tornar normal...

e não que isso seja ruim... mas também não quer dizer que seja bom
é estranho, e me da um pouco de medo, da saudade da bizarrice, da vontade de ser de novo.
me da fome de ser eu.

é triste.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Causa Destinta, Destino



o quão ruim pode ser sua vontade de viver ?
e o quanto de inaptidão pode caber num sentimento só ?

nada agrada, pouco me muda, quase nada me anima, e quase tudo é sem graça
pra não dizer revoltante
digno de uma revolta morta...
que não serve nem pra indignação
que serve pra se revoltar por não se revoltar, e aceitar a merda com o ela é.

eu lembro mais do ruim do que do bom
e me alimento disso, me torno pior...
nem sei o por que disso, e se quero isso, mas as coisas não são nem um pouco claras
até aqui.

da vontade de sumir
ou de aparecer
ou pelo menos de saber o que se quer
ou o que não se quer.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Loser Game (Can't)




Trigger for pain
I can't be same

How long time
you'll keep dying ?

In my tongs

Rest of shame
You disagree
with my plan
for our be

I can't understand
and see
someone shining
instead of breathe

Out of my lungs


Screaming out
You can't stay

For my guilt
you paint grey

only for me

Little white
Pretty high
Dance on floor
Smile to die

Piece of shit
and some glue
Make it up
just for gloom

Out of my room!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Self-reaction



Self-preservation for Self-destruction

The sole purpose

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Perpétuo encontro



O que palavras podem mudar ?
Qual o produto da soma de produtos corrompidos ?

Até onde vai haver os sinos da divisão entre ser e caráter ?!
Até onde vão se separar os pilares internos do ser/estar e pensar ?!
Qual o tamanho da influencia do pensar pro sorrir ?! e Quanto a interferência ?


Eu nunca quis tanto agradar uma pessoa deteriorada
eu nunca fui tão desperdiçado
eu nunca me senti assim antes...

Uma angustia agonizante e uma vontade de queimar
numa chama de gloria viva,
somada a uma vontade de subir no mais alto degrau do mundo
pra berrar a existência patética de um ser cretino e ordinário
em contraste com a vontade de me cercar
com o maior muro do mundo, e sumir.
Sumir com as visitas e sumir da vista.

Mas será que depois minhas unhas se sujaram de sangue
ao arranhar o muro ?!
Será que eu não me sujaria de sangue tentando ser o próprio muro ?!
Ou sujaria o mundo de mim tentando subrepuja-lo ?!

Eu sou o meu maior bajulador.
E a que ponto eu abdico de eu pra me sustentar ?!
O quanto eu me abdico de outros pra me sentir completo ?!

Minha cabeça está mais quente do que a poltrona
que ando esquentando nos últimos dias, meses e anos da minha vida!
Mais quente que o vermelho dos olhos de quem me empurra
e me espreme pra fora dessa fortaleza de pano e pele.

Minha chama interna esta mais fria do que minha posição conceitual.
Nem o senhor das águias poderia me ver,
mesmo que estivesse a três palmos de distância do meu corpo.

E acaba no final de tudo,
quando ironicamente eu me sinto bem ou mal
o suficiente pra dormir.

Quanto mais melhor!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Aptidão para julgar




De acordo com os fatos, suposições e críticas,
de acordo com aquilo que nos ensinam sobre o certo e errado,
bem e mal, sagrado e profano...
Não seria mais coerente então adorar-mos o Sol ?
Ou até mesmo uma Pedra ?!

Você sabe realmente o que coloca acima de você ?
Quem é que pode Julgar ?