domingo, 12 de setembro de 2010

Biométrico



Talvez em momentos de extremidades
é que dizemos a verdade,
que estava entupida nas veias há tempos,
ou talvez,
dizemos o que não queríamos dizer
nem devíamos...
Nos comprometemos demais.
Em meio tempo,
em meio a outras palavras convencionais
esquecidas com o apagar dos dias.

Aberta agora as cortinas do espetáculo
e a mente dos leitores, e,
aos olhos do atento ouvinte,
vestem-se mascaras de orgulho,
de conceitos,
e de ações automatizadas por nós mesmos!

Almas dançam, contracenando com
a política dos atores diários
em meio a hipocrisia celestial
e o senso do convívio social...

Certo tempo tenho andado cabisbaixo,
e talvez por isso não tenha notado...
Que agora, assim como sempre

existe vias, saídas, válvulas.
Sorrisos que abrem caminhos pra que eu possa
junto caminhar!

Uma multidão
varrida de mãos, dispostas a equilibrar
e dar "continualidade" num ser.

Uma, ainda que pequena, mão,
mostra-me uma imensidão
de um ser completo.
O sentido desperto
em alvorada que envolve os sentimentos
e pensamentos vendados, lacrados,
ao olhar vago dos desapercebidos.

Tudo em sua forma...
Desvendar de novo,
o que a vida nos traz a viver!

Tudo esse, de modo
confortavelmente exacerbado,
que cabe num tamanho só...
punho meu cerrado.