domingo, 30 de setembro de 2012

Arguir





A culpa está na minha mente, mesmo quando ela realmente não quer estar 
e nem a mente quer aloja-la, mas a mente precisa de um lugar para acomodar a culpa. 
Ela precisa de uma moradia e há sempre um espaço vago quando se há questões a responder... a perguntar. No fundo eu quero achar que é uma culpa que não existe, mas sei que não é a culpa que se apropria disso. Não há, não há culpado além de mim mesmo, mesmo eu querendo, mesmo eu não querendo. 
Mesmo que eu saiba que não há culpa 
apenas espaços vazios procurando serem preenchidos pra alma não perceber a grande falta que um dia eu devo ter adquirido na minha pequena jornada ridícula de macaco andante. 

Foi o que um passarinho me contou.

domingo, 16 de setembro de 2012

A Monkey Monk



You look like a little Monk,
Your Teeth just hide your Tongue
So com'on here pretty boy
Put you brain on dirty floor
and dance with my single song.

You look like a smelly monkey
Your legs are dancing funk.
So, pick ink and do tattoo
lock your ear, it's fun for you
and dance it, you freak funny

domingo, 9 de setembro de 2012

Smoke

"Corre o que correr Custe o que custar"
As cordas soando
chacoalhar a cabeça.
Desambiguar.
Lembrar o que há de possível
e esquecer tudo
Drenar o psciológico do que te faz
querer não dançar

Questionar
sempre
até a dor.

Deixar de sobreviver e
engajar num mundo paralelo

Artificar...
 ...pra tornar menos
pior
Evaporar

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Estranho em casa



Não há um começo em definitivo.
você vai se lembrar de fragmentos...
de flashes escurecidos de seu eterno baú empoeirado
mas não vai saber tomar em suas mãos um lápis
para desenhar o que representa o começo.

A loucura... a média...
a margem do qual seu nome vai pertencer
seus olhos e sua imaginação
até aonde sua mente pode cogitar o irreal
todos os limites

Do tamanho de uma semente e não mais.
com os braços dispostos a abraçar todo o mundo.
você deve ter todo o sentimento pra que possa ser crédulo

Deve erguer uma pá
construir uma árvore
e plantar uma casa.

Você tem que acenar para eles,
como se entendesse sua posição.
você tem que sorrir. Tem que acenar!
e ler e ouvir todos os contos fajutos
que vão te cercando.

Não há tanto tempo para encher todo
esse saco com quinquilharias.
você deve se lembrar antes dos trinta

Deve salvar a si mesmo

Encontrar-se arrastado
debruçado na vontade

Aguardado a verdade real
dolorida e fiel aos traços
do trilho construído pelo próprio punho
martelado pela própria alma.